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Diamantino Piloto

Notabilizou-se pela cultura, sobretudo como escritor e músico, e um grande amor por Olhão.

Nasceu apenas remediado - o pai era soldador numa fábrica de conservas e mais tarde passou a carteiro, sendo a mãe costureira -, em Tavira no dia 24 de Maio de 1922, e falece em Olhão a 7 de Março de 2000.

Logo aos 6 meses passa a residir em Olhão onde fez a instrução primária. O pai era um homem pouco instruído mas esclarecido, tendo sempre estimulado o filho a prosseguir os estudos, mas o jovem Diamantino quis começar logo a trabalhar aprendendo o ofício de serralheiro. Mais tarde o pai convence-o a estudar em casa, com a sua ajuda, e propor-se a exame. O pai, apesar de apenas ter a 4ª classe, estuda com o filho e este passa o exame do então 1º Ciclo (actual 6º Ano). Diamantino Piloto passa a dedicar-se em pleno ao estudo mas quando já estava quase no 5º Ano (actual 9ª Ano) prefere mudar para o curso industrial. Mais tarde termina o curso de Engenheiro -Técnico Electromecânico no Instituto Industrial de Lisboa.

Trabalhou então como professor nas Escolas Técnicas de Faro e de Olhão, foi funcionário da Inspecção Geral dos Produtos Agrícolas e Industriais, da Federação dos Municípios do Distrito de Faro e depois na Electricidade de Portugal.

Dedicou-se  com mestria à guitarra clássica, e foi professor deste instrumento no Conservatório Regional de Faro durante 11 anos. Em conjunto com alguns olhanenses virtuosos na guitarra clássica (Jónatas da Silva, Adriano Baptista, João Alberto, mais conhecido pelo Pad Zé) participou em muitos concertos e guitarradas e ainda promoveu uma série de quatro concertos de guitarra clássica com o seu mestre Duarte Costa em Olhão, memorável para os melómanos olhanenses.

Na década de 1950, faz parte da direcção do clube desportivo "Os Olhanenses" onde cria um boletim cultural com a colaboração de Joaquim Carlos Silvestre, António Macheira, Vitoriano Rosa, Ramos Rosa, e outros.

Neste boletim inicia-se a publicação dos seus primeiros contos que depois serão reunidos em livro: O meu Olhão (crónicas) e Contos de Olhão - Algarve em Foco, Faro, 1997.

Colabora também com a Gazeta do Sul e o Jornal do Algarve.

Traduz de castelhano para português "Vieja Crónica de Olhão" o livro escrito pelo seu amigo  António Simões Júnior (olhanense exilado na Argentina).

Em 1963 cria o quinzenário Sporting Olhanense que na época preenche a lacuna grave de não existir na Vila qualquer periódico desde 1952, do qual é chefe de redacção até 1967. Os contos que neste jornal vai publicando acabam por ganhar diversos prémios literários.

Alguns classificam-no com escritor neo-realista por retratar nos seus contos a gente típica da sua terra, nas suas alegrias e nos seus dramas, escrevendo como se fosse um pintor a utilizar, ou cores garridas e quentes, ou de negro profundo.

Efectivamente, Diamantino Piloto escreve diversas crónicas de Olhão, cuja leitura é essencial para quem se interessa pelo cidade, e muitos pequenos contos, dos quais a meu ver, existe um que se destaca como uma pequena obra-prima da literatura mundial - O «Cêdê» - relativo a um marítimo pobre da ilha da Culatra.

Neste Website é possível ler alguns extractos de crónicas escritas por Diamantino Piloto sobre o Natal e a Primavera em Olhão.

Bibliografia:

bulletPiloto, Diamantino - O meu Olhão (crónicas) e Contos de Olhão - Algarve em Foco, Faro, 1997, pp. 83-88.
bulletMarreiros, Glória Maria - Quem foi quem?: 200 Algarvios do Sec. XX - 1ªed. Lisboa: Colibri, 2000, pp. 401-403.
bulletVillares, João - Quem é quem em Olhão? - Livraria Clinar, 1º Vol., Olhão, 2004.